quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

A PESTE

Título Original: La Peste
Autor: Albert Camus
Tradução: Valerie Rumjanek Chaves
Editora: Record
Assunto: Romance (Literatura estrangeira)
Edição: 10ª
Ano: 1997
Páginas: 272

Sinopse:Neste clássico do escritor existencialista francês Albert Camus, escrito em 1947, uma cidade argelina é tomada pela peste bubônica onde seus habitantes estão sujeitos a conviver diariamente com a desconfiança, o isolamento, o medo e a morte, mas é também uma história comovente de resistência e luta pela vida.
“A Peste” é um testemunho implacável do nosso tempo e da condição humana. O romance inicia-se em Oran, uma cidade criada por Camus, que servirá de cenário para o romance. Oran simboliza o mal, um pouco de Moby Dick, cujo mito perturba Camus. Contra a peste, os homens vão adotar diversas atitudes e mostrar que o ser humano não é totalmente impotente diante da sorte que lhe é imposta.
Com A Peste, Albert Camus tenta a demonstração de um novo cogito cartesiano: “Eu me revolto, portanto nós somos”. Pois a revolta (individual) contra o absurdo é também revolta (coletiva) a favor dos valores que a própria revolta revela.
Em O homem revoltado, Camus diz a mesma coisa: “Eu quis falar a verdade sem deixar de ser generoso”. E prossegue: “No dia em que o crime se enfeitar com os despojos da inocência, por uma curiosa reviravolta própria do nosso tempo, a inocência é que será intimada a fornecer suas justificativas. A ambição deste ensaio seria aceitar e examinar este estranho desafio”.
A Peste representa a condição humana diante do absurdo, da tragédia e da falta de sentido da vida, e trata das reações humanas diante de um mal incompreendido e inexplicável: medo, isolamento, impotência, angústia e stress e descreve os tipos de comportamento das pessoas diante do problema:

a) cumprimento do dever;
b) solidariedade;
c) indiferença;
d) oportunismo.

Esse romance da separação, do isolamento, da desdita, da esperança e da dessacralização da vida humana, lembra de maneira simbólica a tragédia humana diante da absurdidade; merece ser lido e compreendido, mas não assimilado. Esta é a minha recomendação pessoal, pois não desejo que você seja mais um, a não compreender a obra e matar Deus como fez Nietzsche, ou divinizar a humanidade como faz o PT e seus militantes marxistas sociopatas, ou fomentar a revolta metafísica.
O maior isolamento de todos é o isolamento de Deus. Na existência humana não se pode jamais abandonar a pergunta: QUAL O SENTIDO DA VIDA? Tudo tem sentido, portanto, é preciso perguntar-se constantemente: POR QUE ISSO ESTÁ ACONTECENDO?
É preciso, portanto, jamais perder a consciência que a única possibilidade é Deus; fora dessa possibilidade não há outras, porque todas são em si, becos sem saída. Portanto, Camus está completamente equivocado quando aponta que é preciso lutar de frente com a absurdidade. Essa é uma saída existencialista que só conduz o ser humano a um beco sem saída.

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