Título original: Phèdre
Autor: Jean Racine (1639-1699)
Tradução: Ivo Bender
Assunto: Tragédia – Teatro Grego
Editora: Mercado Aberto
Edição: s/ ref.
Ano: 1999
Páginas: 75 p.
Fedra, inspirada na tragédia “Hipólito” de Eurípedes (c.485-406 a.C.), feita mais de dois mil anos após, é uma das melhores peças teatrais de todos os tempos. A genialidade de Racine consegue superar em beleza e significado, o mestre Eurípedes.
A obra trata das tensões e da eterna luta entre o espírito e a matéria, e a tentativa de golpe da matéria sobre o espírito, característica natural do homem e da realidade humana.
Fedra, esposa de Teseu, madrasta de Hipólito, tendo como sua ama e conselheira Enone; encontra-se em seu palácio vivendo, sem saber, os últimos momentos de sua vida. Embebida de seus conflitos internos, ela vaga entre a emoção e a razão, a loucura e a sobriedade, o amor e o ódio, e, a realidade e a ilusão.
Fedra apaixonou-se perdidamente por Hipólito, filho de Teseu com uma amazona, um jovem formoso e casto e luta contra seus sentimentos em relação ao rapaz e a sua obrigação de mulher. Hipólito, devido a sua castidade e ao respeito pelo pai, rechaça Fedra.
Fedra começa então a preocupar-se de que Teseu venha a ter conhecimento do seu amor secreto e acredita que Hipólito é capaz de contar-lhe tudo num ato de fidelidade e honestidade. Para evitar que isso acontecesse, Fedra levanta uma calúnia contra Hipólito, fazendo parecer que ele é que a ultrajara.
Teseu, levado pela ira, manda desterrar o filho e pede a Poseidon a sua morte. Hipólito morre arrastado pelos seus cavalos. Fedra angustiada pela culpa, enforca-se. Teseu, depois de descobrir toda a trama, aceita Arícia, o grande amor de Hipólito que Teseu não aprovaria jamais, como filha.
Fedra apaixonou-se perdidamente por Hipólito, filho de Teseu com uma amazona, um jovem formoso e casto e luta contra seus sentimentos em relação ao rapaz e a sua obrigação de mulher. Hipólito, devido a sua castidade e ao respeito pelo pai, rechaça Fedra.
Fedra começa então a preocupar-se de que Teseu venha a ter conhecimento do seu amor secreto e acredita que Hipólito é capaz de contar-lhe tudo num ato de fidelidade e honestidade. Para evitar que isso acontecesse, Fedra levanta uma calúnia contra Hipólito, fazendo parecer que ele é que a ultrajara.
Teseu, levado pela ira, manda desterrar o filho e pede a Poseidon a sua morte. Hipólito morre arrastado pelos seus cavalos. Fedra angustiada pela culpa, enforca-se. Teseu, depois de descobrir toda a trama, aceita Arícia, o grande amor de Hipólito que Teseu não aprovaria jamais, como filha.
Sentido da história:
Racine está nos contando que o ser humano tem, por natureza, desejos legítimos e ilegítimos. Quando o espírito (Deus) está presente nas relações humanas do mundo manifestado, os desejos ilegítimos ficam reprimidos e são controlados. Este controle deve ser permanente, pois a ausência da espiritualidade, leva o ser humano a liberar os seus desejos materiais ilegítimos na tentativa de golpe da matéria sobre o espírito. É o que acontece com Fedra que simboliza esses desejos materiais ilegítimos, o golpe da matéria sobre o espírito.
Por outro lado, a ausência da espiritualidade propícia a degeneração da Ordem e a queda do ser humano. Para que haja a recuperação da Ordem, é preciso promover a catarse que só é possível com o sacrifício de um inocente, tal como aconteceu com Cristo numa dimensão infinitamente superior a de Hipólito e mais tarde Sócrates.
Conclusão:
SOMENTE A VOLTA DO ESPÍRITO PERMITE REORGANIZAR OS DESEJOS HUMANOS LEGÍTIMOS E RECUPERAR A ORDEM !
(anotações da aula do prof. José Monir Nasser)
2 comentários:
Após ler este excelente recorte literário sobre "Fedra", resta apreciar a obra de Racine e a sua mensagem.
Parabéns!
Cory Matos
Excelente produção. Parabens.
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