Título original: Doktor Faustus
Autor: Thomas Mann (1875-1955)
Tradutor: Herbert Caro
Assunto: Romance (Literatura estrangeira)
Editora: Nova Fronteira
Edição: 3ª
Ano: 2000
Páginas: 719
Sinopse: Narrada pelo seu amigo, o professor Serenus Zeitblom , esta é a história do músico Adrian Leverkühn que, como o Fausto de Goethe, vende a alma ao Demônio a fim de viver o suficiente para realizar sua grande obra. Publicado em 1947, este livro faz parte do período final da atividade criadora de Thomas Mann, sendo tecnicamente o seu romance mais ousado, no qual música e política, realidade e símbolo, fato e ficção combinam-se num grande panorama que, segundo Otto Maria Carpeaux, “alcançou uma altura na qual nenhum dos seus contemporâneos foi capaz de acompanhá-lo”.
Autor: Thomas Mann (1875-1955)
Tradutor: Herbert Caro
Assunto: Romance (Literatura estrangeira)
Editora: Nova Fronteira
Edição: 3ª
Ano: 2000
Páginas: 719
Sinopse: Narrada pelo seu amigo, o professor Serenus Zeitblom , esta é a história do músico Adrian Leverkühn que, como o Fausto de Goethe, vende a alma ao Demônio a fim de viver o suficiente para realizar sua grande obra. Publicado em 1947, este livro faz parte do período final da atividade criadora de Thomas Mann, sendo tecnicamente o seu romance mais ousado, no qual música e política, realidade e símbolo, fato e ficção combinam-se num grande panorama que, segundo Otto Maria Carpeaux, “alcançou uma altura na qual nenhum dos seus contemporâneos foi capaz de acompanhá-lo”.
Comentários: DOUTOR FAUSTO, de Thomas Mann é uma obra magnífica. A biografia romanceada do filósofo na qual ele aparece na encarnação de um músico que faz pacto com o Diabo para alcançar a glória da poesia/música. Este livro é comovente e aterrador, pois mostra como um homem pode se entregar ao Maligno voluntariamente para ter delírios de grandeza e, ao fazê-lo, praticar a servidão ao Mal em todas as suas dimensões. O livro de Mann é aterrador porque não tem redenção: a dramática confissão de Adrian Leverkühn ao final não serve para o perdão dos pecados. Deixa de ser confissão para ser um mero relato das maldades praticadas. Ele então desaparece sem receber a misericórdia divina, em oposição ao enredo de Fausto, de Goethe, que redime seu personagem pela graça de Deus e pela intercessão da Virgem Maria. Thomas Mann aponta corretamente a responsabilidade direta da obra de Nietzsche sobre os acontecimentos da Alemanha no período nazista. Os pecados de Leverkühn eram os pecados de toda a gente e a derrocada pessoal da personagem era o espelho da derrocada de seu país. O epílogo é a danação sem consolação alguma. E foi assim o epílogo para aquela geração insensata, que pereceu em grande parte pelas guerras (Nivaldo Cordeiro).
Conclusão: A sedução de Leverkühn pelo demônio é também a sedução e a danação da Alemanha pelo nazismo.
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