Autor: Ésquilo
Tradução: Mário da Gama Kury
Editora: Jorge Zahar Editor
Assunto: Tragédia (Teatro grego)
Edição: 7ª
Ano: 2006
Páginas: 196 (145-196)
Sinopse: Encerrando a trilogia (Agamêmnon, Coéforas, Eumênides), as Eumênides (“Deusas Benévolas”) personificam o apaziguamento de tantos ódios: elas são as Fúrias[1] [Tisífone (Castigo), Megera (Rancor) e Alecto (Interminável)], que atormentaram Orestes de Argos a Atenas, convertidas em deusas benévolas e reverenciadas. O tribunal que absolve Orestes, integrado também por cidadãos distinguidos de Atenas, institui o voto de desempate de Atena (Minerva para os romanos) e é o primeiro a julgar um crime de homicídio.
Entretanto, fica a pergunta: “Matar o pai é mais grave que matar a mãe?”
Época da ação: idade heróica da Grécia (cerca de 1200 a.C.)
Locais: Delfos e Atenas.
Primeira representação: 458 a.C., em Atenas.
Personagens:
- Orestes, filho de Agamêmnon e de Clitemnestra
- Apolo
- Atena (Minerva para os romanos)
- Fantasma de Clitemnestra
- Profetisa Pítia, já idosa
- Coro das Fúrias (seis)
- Escolta
- Hermes.
Resumo da Narrativa:
A sacerdotisa de Apolo no templo do deus em Delos encontra Orestes como suplicante junto ao altar. Em frente a ele estavam as Erínias (Fúrias para os romanos) que, cansadas de perseguir o fugitivo, haviam adormecido nos bancos do templo. Prometendo-lhe ajuda, Apolo manda Orestes fugir para Atenas, onde deveria submeter sua causa a julgamento e seria libertado de seus sofrimentos. O fantasma de Clitemnestra (sua mãe) aparece e censura as Fúrias por sua negligência, conduta essa que a expõe ao desprezo dos outros mortos no inferno. Despertadas pelo ápodos de Clitemnestra, elas recriminam Apolo por haver acolhido em seu templo um homem maldito que elas perseguem impelidas por seu direito de vingar os crimes cometidos entre consangüíneos.
A cena desloca-se para Atenas, até onde as Fúrias tinham perseguido Orestes. Abraçando-se à imagem de Atena, Orestes implora a proteção da deusa, alegando que suas mãos já haviam sido purificadas graças aos ritos sagrados, e que sua presença já não trazia malefícios a qualquer pessoa. As Fúrias cantam um hino para dominar o espírito de Orestes com seus encantamentos capazes de o levarem à loucura. Atendendo a uma prece da vítima, Atena aparece e convence as Fúrias a concordarem com o julgamento da causa, não pela deusa sozinha, mas com a colaboração de seis dos mais distinguidos cidadãos de Atenas, que constituiriam um júri.
Iniciado o julgamento, Apolo aparece como defensor de seu suplicante e como representante do próprio Zeus, a cujos mandamentos inapeláveis obedeciam os oráculos do deus-profeta. Apolo declara que Orestes matou sua mãe obedecendo a uma injunção divina. O acusado confessa o crime mas enfatiza em sua defesa que, ao matar o marido e rei, Clitemnestra assassinou o pai de Orestes, e que suas perseguidoras deveriam elas mesmas ter-se vingado dela.
Atena proclama que o tribunal – o primeiro a julgar um crime de homicídio – fica instituído por ela para sempre. Os juízes (jurados) depositam seus votos numa urna, e a deusa, declarando que é seu dever pronunciar o veredicto final da causa, esclarece que seu voto deve ser contado a favor de Orestes, que seria absolvido ainda que os votos se dividissem igualmente. Proclamado vencedor em face de um empate entre os juizes e do voto de desempate de Atena (Minerva para os romanos), Orestes sai de cena. Suas antagonistas ameaçam amaldiçoar Atena e trazer a ruína para a região cujos juízes absolveram o acusado. Mediante promessa de honrarias eternas às Fúrias, Atena consegue apaziguá-las, e elas deixam desde então de ser as deusas do ódio para passarem a ser as deusas benévolas (Eumênides). Em sua nova condição, as deusas saem numa procissão solene para o santuário que Atena lhes proporcionou numa gruta no sopé da colina de Ares (o Areópago, que deu o nome ao tribunal).
E assim termina a trilogia.
Tradução: Mário da Gama Kury
Editora: Jorge Zahar Editor
Assunto: Tragédia (Teatro grego)
Edição: 7ª
Ano: 2006
Páginas: 196 (145-196)
Sinopse: Encerrando a trilogia (Agamêmnon, Coéforas, Eumênides), as Eumênides (“Deusas Benévolas”) personificam o apaziguamento de tantos ódios: elas são as Fúrias[1] [Tisífone (Castigo), Megera (Rancor) e Alecto (Interminável)], que atormentaram Orestes de Argos a Atenas, convertidas em deusas benévolas e reverenciadas. O tribunal que absolve Orestes, integrado também por cidadãos distinguidos de Atenas, institui o voto de desempate de Atena (Minerva para os romanos) e é o primeiro a julgar um crime de homicídio.
Entretanto, fica a pergunta: “Matar o pai é mais grave que matar a mãe?”
Época da ação: idade heróica da Grécia (cerca de 1200 a.C.)
Locais: Delfos e Atenas.
Primeira representação: 458 a.C., em Atenas.
Personagens:
- Orestes, filho de Agamêmnon e de Clitemnestra
- Apolo
- Atena (Minerva para os romanos)
- Fantasma de Clitemnestra
- Profetisa Pítia, já idosa
- Coro das Fúrias (seis)
- Escolta
- Hermes.
Resumo da Narrativa:
A sacerdotisa de Apolo no templo do deus em Delos encontra Orestes como suplicante junto ao altar. Em frente a ele estavam as Erínias (Fúrias para os romanos) que, cansadas de perseguir o fugitivo, haviam adormecido nos bancos do templo. Prometendo-lhe ajuda, Apolo manda Orestes fugir para Atenas, onde deveria submeter sua causa a julgamento e seria libertado de seus sofrimentos. O fantasma de Clitemnestra (sua mãe) aparece e censura as Fúrias por sua negligência, conduta essa que a expõe ao desprezo dos outros mortos no inferno. Despertadas pelo ápodos de Clitemnestra, elas recriminam Apolo por haver acolhido em seu templo um homem maldito que elas perseguem impelidas por seu direito de vingar os crimes cometidos entre consangüíneos.
A cena desloca-se para Atenas, até onde as Fúrias tinham perseguido Orestes. Abraçando-se à imagem de Atena, Orestes implora a proteção da deusa, alegando que suas mãos já haviam sido purificadas graças aos ritos sagrados, e que sua presença já não trazia malefícios a qualquer pessoa. As Fúrias cantam um hino para dominar o espírito de Orestes com seus encantamentos capazes de o levarem à loucura. Atendendo a uma prece da vítima, Atena aparece e convence as Fúrias a concordarem com o julgamento da causa, não pela deusa sozinha, mas com a colaboração de seis dos mais distinguidos cidadãos de Atenas, que constituiriam um júri.
Iniciado o julgamento, Apolo aparece como defensor de seu suplicante e como representante do próprio Zeus, a cujos mandamentos inapeláveis obedeciam os oráculos do deus-profeta. Apolo declara que Orestes matou sua mãe obedecendo a uma injunção divina. O acusado confessa o crime mas enfatiza em sua defesa que, ao matar o marido e rei, Clitemnestra assassinou o pai de Orestes, e que suas perseguidoras deveriam elas mesmas ter-se vingado dela.
Atena proclama que o tribunal – o primeiro a julgar um crime de homicídio – fica instituído por ela para sempre. Os juízes (jurados) depositam seus votos numa urna, e a deusa, declarando que é seu dever pronunciar o veredicto final da causa, esclarece que seu voto deve ser contado a favor de Orestes, que seria absolvido ainda que os votos se dividissem igualmente. Proclamado vencedor em face de um empate entre os juizes e do voto de desempate de Atena (Minerva para os romanos), Orestes sai de cena. Suas antagonistas ameaçam amaldiçoar Atena e trazer a ruína para a região cujos juízes absolveram o acusado. Mediante promessa de honrarias eternas às Fúrias, Atena consegue apaziguá-las, e elas deixam desde então de ser as deusas do ódio para passarem a ser as deusas benévolas (Eumênides). Em sua nova condição, as deusas saem numa procissão solene para o santuário que Atena lhes proporcionou numa gruta no sopé da colina de Ares (o Areópago, que deu o nome ao tribunal).
E assim termina a trilogia.
[1] Fúrias para os romanos e Erínias para os gregos.
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