BIS
Autor: Joseph Conrad (1857-1924)
Tradução: Celso M. Paciornik
Editora: Iluminuras
Assunto: Romance (Literatura estrangeira)
Edição: 2ª
Ano: 2002
Páginas: 114

Interpretação da obra:
Para
compreender a obra de Joseph Conrad, é preciso saber interpretar os
aspectos simbólicos fartamente utilizados por ele. Se você ler a obra
dogmaticamente, não vai compreender nada.
Joseph Conrad usa a África como uma metáfora da condição humana, da qual não estão excluídos os abismos e os horrores. Ele penetra num mundo estranho, quase surrealista.
O que Joseph Conrad quer nos contar é o dilema moral do ser humano e o caos do mundo em que vivemos. Mostra-nos a sociedade enlouquecida criada por Kurtz, que assume nesta sociedade, o papel de Deus, decidindo quem deve e quem não deve morrer. Nos mostra, ainda, que o ser humano vive num mundo concreto, natural e contraditório, onde existem aspectos benignos e malignos, tal qual a natureza que é também potencialmente contraditória e onde se encontram forças de sustentação e forças de repúdio.
O homem não é 100% natureza. Há uma parte nele que não pertence à natureza e que não é humana, mas Divina (o espírito que corresponde ao intelecto, à sabedoria e ao conhecimento instantâneo da realidade). O intelecto (não é a mente ou a razão) faz a ligação do homem material com o mundo transcendente, onde está a Verdade. E nós humanos somos prisioneiros dessa tensão que é a essência da vida humana. Platão dizia que o homem é o intermediário entre o animal e o anjo.
Quando Kurtz retorna para a “civilização”, à beira da morte, desvela um pouco mais do mistério de tudo e emite sua expressão final antes de se quedar sem vida: “o Horror! o Horror”, ele prenuncia o julgamento de sua alma na Terra. Marlow já não é o mesmo, frente à iluminação final de Kurtz. (Prof. José Monir Nasser)
Joseph Conrad usa a África como uma metáfora da condição humana, da qual não estão excluídos os abismos e os horrores. Ele penetra num mundo estranho, quase surrealista.
O que Joseph Conrad quer nos contar é o dilema moral do ser humano e o caos do mundo em que vivemos. Mostra-nos a sociedade enlouquecida criada por Kurtz, que assume nesta sociedade, o papel de Deus, decidindo quem deve e quem não deve morrer. Nos mostra, ainda, que o ser humano vive num mundo concreto, natural e contraditório, onde existem aspectos benignos e malignos, tal qual a natureza que é também potencialmente contraditória e onde se encontram forças de sustentação e forças de repúdio.
O homem não é 100% natureza. Há uma parte nele que não pertence à natureza e que não é humana, mas Divina (o espírito que corresponde ao intelecto, à sabedoria e ao conhecimento instantâneo da realidade). O intelecto (não é a mente ou a razão) faz a ligação do homem material com o mundo transcendente, onde está a Verdade. E nós humanos somos prisioneiros dessa tensão que é a essência da vida humana. Platão dizia que o homem é o intermediário entre o animal e o anjo.
Quando Kurtz retorna para a “civilização”, à beira da morte, desvela um pouco mais do mistério de tudo e emite sua expressão final antes de se quedar sem vida: “o Horror! o Horror”, ele prenuncia o julgamento de sua alma na Terra. Marlow já não é o mesmo, frente à iluminação final de Kurtz. (Prof. José Monir Nasser)
Conclusão:
Os
mistérios em torno dos personagens de Conrad simbolizam a
impenetrabilidade misteriosa da alma humana, e as suas complicações.
O autor:

Palavras de Joseph Conrad, talvez um dos mais vicerais escritores que a literatura ocidental já produziu.
“O
objetivo que tento atingir, pelo poder da palavra escrita, é fazer você
escutar, fazer você sentir e acima de tudo, fazer você ver. Isto, e
nada mais, é tudo”.
“Vivemos como sonhamos - sozinhos”