quarta-feira, 11 de julho de 2018

O JULGAMENTO DAS NAÇÕES


O JULGAMENTO DAS NAÇÕES
Título original: The Judgment of the Nations
Autor: Christopher Dawson (1889-1970)
Tradução: Marcia Paiva Xavier de Brito
Assunto: Ciências humanas e sociais
Editora: É Realizações
Edição: 1ª
Ano: 2018
Páginas: 272

Temas: Civilização judaico-cristã, Ocidente, Ecumenismo, Filosofia da história, Meta-história, Teologia da cultura, Secularismo e História contemporânea.

Sinopse: Tão decisiva quanto a adesão do Império Romano ao cristianismo, entre os séculos XIX e XX se instaura no Ocidente uma nova religião: a fé secular no progresso. Foi esse credo que ocasionou a submissão do homem à técnica, reavivando males que se consideravam superados – a tortura, a escravidão, o medo da morte repentina – e acrescentando-lhes outros.
Uma vez distanciada da religião sobre cujos valores se fundara, a nossa civilização já não é capaz de acreditar em si mesma. Ela necessita de valores humanos básicos, como o da liberdade, mas não sabe como assegurá-los.
Nessa condição dramática, cujas raízes se espalham pelas cisões da cristandade durante o segundo milênio, a “causa de Deus” se identifica com a “causa dos homens”: para superar seus impasses políticos, o mundo deve reconsiderar aquele ideal de humanidade que sempre – é por vezes, solitariamente – fora defendido pela Igreja. Distinguindo cuidadosamente o liberalismo como tradição, como ideologia e como partido, Dawson demonstra que um humanismo verdadeiramente cristão não se opõe nem ao senso de responsabilidade moral nem ao reconhecimento da soberania divina.
R. H. Tawney (1880-1962) disse que este livro é um diagnóstico da crise da nossa era. Nas palavras de Dawson:


“O progresso da civilização ocidental pela ciência e pelo poder parece conduzir a um estado de secularização total em que tanto a religião quanto a liberdade desaparecem simultaneamente. A disciplina que a máquina impõe ao homem é tão estrita que a própria natureza humana está em perigo de ser mecanizada  e absorvida no processo material. Onde isso é aceito como necessidade histórica inelutável, chega a ser uma sociedade planejada em estrito espírito científico, mas que será uma ordem estática e sem vida, que não possui outro fim além da própria preservação e que deve, por fim, causar o enfraquecimento do arbítrio humano e a esterilização da cultura. Por outro lado, se uma sociedade rejeita esse determinismo científico e busca preservar e desenvolver a vitalidade humana dentro do arcabouço de um Estado totalitário, é forçada, como na Alemanha nazista, a explorar os elementos irracionais da sociedade e da natureza humana de modo que as forças da violência e da agressividade, que todas as culturas do passado buscaram disciplinar e controlar, irrompam para dominar e destruir o mundo”.

 O Autor: Graduado em História pela Universidade de Oxford, também estudou Economia e Teologia. Foi influenciado pelas obras de Oswald Spengler e Arnold J. Toynbee e, embora tenha permanecido um estudioso independente por toda a vida, foi professor convidado de Estudos Católicos Romanos na Universidade de Harvard e de Filosofia da Religião na Universidade de Liverpool. Foi eleito para a Academia Britânica em 1943. Entre seus admiradores declarados, encontram-se gigantes como J. R. R. Tolkien e Russell Kirk.




PALESTRA DA OBRA



Nenhum comentário: