O JULGAMENTO DAS NAÇÕES
Título original: The Judgment of the Nations
Autor: Christopher
Dawson (1889-1970)
Tradução: Marcia
Paiva Xavier de Brito
Assunto: Ciências humanas e sociais
Editora: É
Realizações
Edição: 1ª
Ano: 2018
Páginas: 272
Temas: Civilização judaico-cristã, Ocidente, Ecumenismo, Filosofia da história, Meta-história, Teologia da cultura, Secularismo e História contemporânea.
Temas: Civilização judaico-cristã, Ocidente, Ecumenismo, Filosofia da história, Meta-história, Teologia da cultura, Secularismo e História contemporânea.
Sinopse: Tão decisiva quanto a adesão do
Império Romano ao cristianismo, entre os séculos XIX e XX se instaura no
Ocidente uma nova religião: a fé secular no progresso. Foi esse credo que
ocasionou a submissão do homem à técnica, reavivando males que se consideravam
superados – a tortura, a escravidão, o medo da morte repentina – e acrescentando-lhes
outros.
Uma vez
distanciada da religião sobre cujos valores se fundara, a nossa civilização já não é capaz de acreditar em si mesma. Ela
necessita de valores humanos básicos, como o da liberdade, mas não sabe como assegurá-los.
Nessa
condição dramática, cujas raízes se espalham pelas cisões da cristandade
durante o segundo milênio, a “causa de Deus” se identifica com a “causa dos
homens”: para superar seus impasses políticos, o mundo deve reconsiderar aquele
ideal de humanidade que sempre – é por vezes, solitariamente – fora defendido
pela Igreja. Distinguindo cuidadosamente o liberalismo como tradição, como
ideologia e como partido, Dawson demonstra que um humanismo verdadeiramente
cristão não se opõe nem ao senso de responsabilidade moral nem ao
reconhecimento da soberania divina.
R.
H. Tawney (1880-1962) disse que este livro é um diagnóstico da crise da nossa
era. Nas palavras de Dawson:
“O progresso da civilização ocidental
pela ciência e pelo poder parece conduzir a um estado de secularização total em
que tanto a religião quanto a liberdade desaparecem simultaneamente. A disciplina que a máquina impõe ao homem é
tão estrita que a própria natureza humana está em perigo de ser mecanizada e absorvida no processo material. Onde
isso é aceito como necessidade histórica inelutável, chega a ser uma sociedade
planejada em estrito espírito científico, mas que será uma ordem estática e sem
vida, que não possui outro fim além da própria preservação e que deve, por fim,
causar o enfraquecimento do arbítrio humano e a esterilização da cultura. Por
outro lado, se uma sociedade rejeita esse determinismo científico e busca
preservar e desenvolver a vitalidade humana dentro do arcabouço de um Estado
totalitário, é forçada, como na Alemanha nazista, a explorar os elementos
irracionais da sociedade e da natureza humana de modo que as forças da
violência e da agressividade, que todas as culturas do passado buscaram
disciplinar e controlar, irrompam para dominar e destruir o mundo”.
O Autor:
Graduado em História pela Universidade de Oxford, também estudou Economia e
Teologia. Foi influenciado pelas obras de Oswald Spengler e Arnold J. Toynbee
e, embora tenha permanecido um estudioso independente por toda a vida, foi
professor convidado de Estudos Católicos Romanos na Universidade de Harvard e
de Filosofia da Religião na Universidade de Liverpool. Foi eleito para a
Academia Britânica em 1943. Entre seus admiradores declarados, encontram-se
gigantes como J. R. R. Tolkien e Russell Kirk.
PALESTRA DA OBRA
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