Título original: The Everlasting Man
Autor: Gilbert Keith Chesterton (1874-1936)
Tradução: Almiro Pisetta
Editora: Mundo Cristão
Assunto: Apologética
Edição: 1ª
Ano: 2010
Páginas: 320
Autor: Gilbert Keith Chesterton (1874-1936)
Tradução: Almiro Pisetta
Editora: Mundo Cristão
Assunto: Apologética
Edição: 1ª
Ano: 2010
Páginas: 320
Sinopse: 'O homem eterno' reconta a história da humanidade a partir de duas particularidades que complementam: a criatura chamada homem e o homem chamado Cristo. Dividido em duas partes, a obra traça um esboço da humanidade que se instaurou quando ela se tornou cristã.
Comentários do próprio Chesterton: “Este livro precisa de uma nota preliminar para que seu escopo não seja mal entendido. Mais que teológica, a visão é histórica, e não trata diretamente da mudança religiosa que tem sido o principal acontecimento de minha vida, fato sobre o qual já estou escrevendo um volume mais francamente controverso. É impossível, espero, para qualquer católico escrever qualquer livro sobre qualquer assunto, principalmente sobre este assunto, sem mostrar que ele é católico. Mas este estudo não se preocupa especialmente com diferenças entre católicos e protestantes. Boa parte dele dedica-se a muitos tipos de pagãos mais que a qualquer tipo de cristão; e sua tese é que os que dizem que Cristo está no mesmo nível de mitos semelhantes, que o cristianismo está no mesmo nível de religiões similares, só estão repetindo uma fórmula muito envelhecida contestada por um fato muito chocante. Para sugerir isso eu não tive de ir muito além de fatos conhecidos de todos. Não reivindico erudição; e para certas coisas preciso depender, como praticamente já se tornou moda, daqueles que são mais eruditos. Sendo que mais de uma vez divergi do Sr. H.G. Wells [Wells era socialista fabiano. AO] em sua visão da história, é muito mais que justo que eu aqui deva congratular-me como ele pela coragem e imaginação construtiva demonstradas ao longo de sua vasta, variada e profundamente interessante obra [Chesterton está sendo irônico. AO]; mas ainda mais por ele ter afirmado o direito justo do amador de fazer o que puder com os fatos apresentados pelos especialistas.”[i]
O plano deste livro: Há duas maneiras de chegar em casa, e uma delas é ficar por lá. A outra é caminhar e dar a volta ao mundo inteiro até retornarmos ao mesmo lugar. E eu tentei seguir o rastro de uma viagem assim em uma história que escrevi outrora. É, todavia, um alívio passara daquele tópico para outra história que nunca escrevi. Como todos os livros que nunca escrevi, trata-se de longe do melhor livro que jamais escrevi. Ma é muito grande a probabilidade de que nunca venha a escrevê-lo, por isso vou usá-lo aqui de modo de modo simbólico, pois era um símbolo[i] da mesma verdade. Eu o concebi como um romance situado naqueles vastos vales com encostas em declive, como aqueles ao longo dos quais os antigos cavalos brancos de Wessex aparecem esboçados nos flancos das montanhas.[ii] O romance dizia respeito a algum rapaz cujo sítio ou casinha situava-se num desses declives, e ele empreendeu uma viagem em busca de alguma coisa tal como a efígie ou o túmulo de algum gigante. E quando estava a uma boa distância de casa ele olhou para trás e viu o seu próprio sítio e quintal brilhando nitidamente no flanco da montanha, como as cores e quadrantes de um brasão, eram apenas partes de alguma dessas figuras gigantescas, onde ele sempre havia morado, mas que eram demasiado grandes e estavam perto demais para serem vistas por inteiro. Esse, penso eu, é um grande e verdadeiro progresso de qualquer inteligência atual realmente independente; e essa é a idéia deste livro.
Sobre o autor: Gilbert Keith Chesterton, conhecido como G. K. Chesterton, (Londres, 29 de maio de 1874 — Beaconsfield, 14 de junho de 1936) foi um escritor, poeta, narrador, ensaísta, jornalista, historiador, biógrafo, filósofo, desenhista e conferencista britânico.
Era o segundo de três irmãos. Filho de Edward Chesterton e de Marie Louise Grosjean. Casou-se com Frances Blogg. Concluiu os estudos secundários no colégio de São Paulo Hammersmith onde recebeu prêmio literário por um poema sobre São Francisco Xavier. Ingressa na escola de arte Slade School de Londres (1893) onde inicia a carreira de pintura que vai depois abandonar para se dedicar ao jornalismo e à literatura. Escreveu no Daily News. Nascido de família anglicana, mais tarde converteu-se ao catolicismo em 1922 por influência do escritor católico Hilaire Belloc, com quem desde 1900 manteve uma amizade muito próxima.
Ao falecer deixou todos os seus bens para a Igreja Católica. A sua obra foi reunida em quase quarenta volumes contendo os mais variados temas sob os mais variados gêneros. O Papa Pio XI foi grande admirador de Chesterton a quem conhecera pessoalmente.
Curiosidade: Chesterton era daqueles sujeitos que não conseguem passar despercebido aonde quer que estejam. A irreverência, o bom-humor e a eloqüência, associados a dois metros e nove centímetros de altura e a um peso médio de 140 quilos, transformavam qualquer ambiente; quer uma festa de aniversário infantil ou um acalorado debate com Bertrand Russel.
------------------ Notas de comentários de Chesterton:
[i] Evidências internas sugerem que G.K. Chesterton escreveu o presente livro, publicado em 1925, em resposta à conhecida obra de H.G. Wells, “An Outline of History”, publicada em 1920. Esta obra foi traduzida para o português por Anísio Teixeira [marxista simpatizante do socialismo fabiano. AO] e publicada pela Companhia Editora Nacional, sob o título História universal.
----------------- Notas de Plano do livro:
[i] Objeto físico a que se dá uma significação abstrata / Figura ou imagem que representa alguma coisa. [Koogan-Houaiss]. Portanto, tudo aquilo que seja simbolizado, tem que ter uma relação real e concreta. [AO] [ii] Chesterton está se referindo a figuras como o Uflington White Horse, desenho pré-histórico altamente estilizado, visível na encosta de uma montanha nas cercanias de Oxford. A figura foi recortada na turfa que cobre a montanha, revelando o calcário branco da rocha. Em virtude do ângulo da encosta em que foi desenhado, o cavalo só pode ser visto, parcialmente, por um observador postado no chão. É interessante notas que Chesterton havia escrito, em 1911, The Ballad of the White Horse [A balada do cavalo branco], poema épico sobre os feitos do rei saxão Alfred, o Grande, cujo desfecho se dá na mesma montanha. (N. do T.)
[i] Objeto físico a que se dá uma significação abstrata / Figura ou imagem que representa alguma coisa. [Koogan-Houaiss]. Portanto, tudo aquilo que seja simbolizado, tem que ter uma relação real e concreta. [AO] [ii] Chesterton está se referindo a figuras como o Uflington White Horse, desenho pré-histórico altamente estilizado, visível na encosta de uma montanha nas cercanias de Oxford. A figura foi recortada na turfa que cobre a montanha, revelando o calcário branco da rocha. Em virtude do ângulo da encosta em que foi desenhado, o cavalo só pode ser visto, parcialmente, por um observador postado no chão. É interessante notas que Chesterton havia escrito, em 1911, The Ballad of the White Horse [A balada do cavalo branco], poema épico sobre os feitos do rei saxão Alfred, o Grande, cujo desfecho se dá na mesma montanha. (N. do T.)
Uflington White Horse - Vista de Satélite |
Uflington White Horse - visto a distância |
Localização de Oxford |
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