Título original:
Zapiski iz Mertvogo Doma (1861)
Autor:
Fiódor Mikháilovitch Dostoievski
Tradução:
José Geraldo Vieira
Assunto:
Romance – Literatura estrangeira
Editora:
Martin Claret
Edição: 1ª
Ano: 2006
Páginas: 316
Nota: A editora José Olympio lançou uma edição em 1950 com tradução de
Raquel de Queiroz, hoje só encontrável em sebos.
Sinopse: Por meio da personagem Alexander Petrovich Goriantchikov, condenado pelo assassinato da
esposa, Dostoiévski retrata o sofrimento físico e mental dos que foram
segregados da sociedade e confinados em uma prisão. Baseado em sua própria
experiência de quatro anos como prisioneiro político nos campos da Sibéria, o
romance revela a degradação humana, comum a todos os sistemas prisionais. O
homem humilhado socialmente, vivendo situações-limite e carregando o peso de
suas culpas, encontra-se aqui representado. Dostoiévski desvenda personagens
que vão ao extremo, delineando seus perfis, bem como o funcionamento do sistema
prisional. O autor entende que o regime prisional não ressocializa o criminoso
e que a figura do detento 'redimido' é utilizada como modelo para indicar que o
sistema social em questão é eficiente. A edição inclui a 'Carta de Dostoiévski
ao irmão Mikhail', escrita na passagem de seus quatro anos de reclusão para
cumprir o resto da pena como soldado raso. A carta desvela um Dostoiévski
fragilizado, solicitando atenção fraterna, tanto material como espiritualmente.
O livro traz reflexões de cunho psicológico e social.
A obra retrata a procura de níveis mais profundos da
consciência do real e sua ambivalência. A experiência da vida no presídio levou
o autor a tratar de problemas relacionados com a culpa e a punição pelo crime,
a própria realidade do mal em si e os limites da ação humana dentro da ordem
social.
Dostoiévski desvenda, com maestria e profundidade
psicológica, personagens que vão ao extremo, delineando seus perfis, bem como o
funcionamento do sistema prisional. O livro traz profundas reflexões de cunho
psicológico e social. São ponderações que nos possibilitam repensar os nossos
conceitos acerca da nossa realidade.
Comentários: Esta obra representa o divisor de água nas obras de
Dostoievski. Até então publicara: O romance Biednie
liudi (Gente pobre) em 1846; Dvoini (O Sósia) em 1846; Bielie notchi (Noites brancas) em 1848; Nietotchka Niezvanova em 1849; Unijenie
i oskorblionie (Humilhados e ofendidos) em 1861; Igrok (O Jogador) em 1866, obra de fundo autobiográfico.
2 comentários:
Desculpe não estar relacionado ao artigo, mas entendi ser de relevância.
Detalhes sobre o pedido de Putin para que a Rússia fosse consagrada ao Sagrado Coração de Maria, e muito mais...
Pe. Kramer
https://www.youtube.com/watch?v=WehqTwn600Q
E o Papa silencia e até diz que não quer mais tocar no assunto.
A Igreja que aí está, há décadas é a igreja da apostasia.
Bem disse o Pe. Marcel Lefebvre.
Nicai:
Uma correção: O pedido para que a Rússia fosse consagrada ao Sagrado Coração de Maria não é de Putin que é um ateu, mas da própria Imaculada Conceição durante suas aparições em Fátima. Sobre o assunto, recomenda-se ler "O Derradeiro Combate do Demônio", editado pelo Padre Paul Kramer.
O Editor.
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