Autor: Platão (427-348/47 a.C.)
Tradução: Carlos Alberto Nunes
Assunto: Filosofia
Editora: UFPA
Edição: 2ª
Ano: 2007
Eutífrone é um dos primeiros diálogos de Platão, datando de cerca de 399 a.C.. Ele apresenta o filósofo grego Socrates e Eutífrone, conhecido como sendo um experto religioso.
Sócrates e Eutífrone se encontram no pórtico do rei-arconte. Sócrates está sendo acusado por Méleto de Pitos e Eutífone está acusando o próprio pai.
Eutífrone - Que novidade houve, Sócrates, para deixares as conversações do Liceu e te porem aqui no pórtico do rei-arconte? Não há de ter, como eu, nenhuma demanda junto do rei.
Sócrates - Os atenienses, Eutífrone, não dão a isso o nome de demanda, porém de acusação.
...
Sócrates - Estás implicado em alguma contenda, Eutífrone? Acusas alguém, ou és acusado?
Eutifrone - Acuso.
Sócrates - Quem é?
Eutífrone - Meu pai.
E assim eles estabelecem um diálogo onde tentam estabelecer uma definição para piedade. Sócrates pergunta a Eutifrone:
– “O que é pio é amado pelos deuses por ser pio, ou é pio porque é amado pelos deuses?"
Eutífrone - Não compreendo, Sócrates o que queres dizer com isso.
A questão é o que faz de um homem piedoso ou não? O tema é pertinente porque Sócrates acabava de ser acusado de impiedade, por não venerar aos deuses existentes e criar novos, assim corrompia aos jovens.
Eutífrone também estava ligado a uma questão jurídica: acabava de acusar o próprio pai de assassinato. Um de seus empregados havia se desentendido com outro trabalhador e o matado. O assassino foi amarrado enquanto o pai de Eutífrone foi a cidade saber o que deveria fazer com ele. Demorou em demasia e o assassino morreu. Eutífrone dizia que era seu dever denunciar o próprio pai já que para os deuses não há diferença em ser parente ou não: o importante é a justiça.
Esse é o mote do diálogo: Socrátes quer saber como Eutifrone tem tanta certeza sobre o que é ser piedoso, como sabe realmente que agrada aos deuses? Se Sócrates soubesse isso poderia livrar-se da acusação ante o tribunal, é o que afirma.
Mas como sempre nos diálogos socráticos, a cada argumento de Eutífrone surge a réplica de Sócrates, que mostra que ele pouco sabe sobre o que antes dizia ser seu conhecimento. Quando Sócrates insiste em questionar Eutífrone, este diz que não pode ficar, que tem mais coisa a fazer, e vai embora.
Sócrates - Que fazes amigo? Com a tua retirada, deixas-me cair do alto de minha grande expectativa de aprender contigo o que é a piedade e o seu contrário, para, assim, livrar-me da acusação de Méleto, com demonstrar-lhe que eu já havia instruído com Eutífrone na ciência das coisas divinas, e que não mais me atreveria, por ignorância, a especular sobre esses assuntos ou a introduzir neles inovações, e que doravante levaria uma vida melhor.
Eutífrone - Não compreendo, Sócrates o que queres dizer com isso.
A questão é o que faz de um homem piedoso ou não? O tema é pertinente porque Sócrates acabava de ser acusado de impiedade, por não venerar aos deuses existentes e criar novos, assim corrompia aos jovens.
Eutífrone também estava ligado a uma questão jurídica: acabava de acusar o próprio pai de assassinato. Um de seus empregados havia se desentendido com outro trabalhador e o matado. O assassino foi amarrado enquanto o pai de Eutífrone foi a cidade saber o que deveria fazer com ele. Demorou em demasia e o assassino morreu. Eutífrone dizia que era seu dever denunciar o próprio pai já que para os deuses não há diferença em ser parente ou não: o importante é a justiça.
Esse é o mote do diálogo: Socrátes quer saber como Eutifrone tem tanta certeza sobre o que é ser piedoso, como sabe realmente que agrada aos deuses? Se Sócrates soubesse isso poderia livrar-se da acusação ante o tribunal, é o que afirma.
Mas como sempre nos diálogos socráticos, a cada argumento de Eutífrone surge a réplica de Sócrates, que mostra que ele pouco sabe sobre o que antes dizia ser seu conhecimento. Quando Sócrates insiste em questionar Eutífrone, este diz que não pode ficar, que tem mais coisa a fazer, e vai embora.
Sócrates - Que fazes amigo? Com a tua retirada, deixas-me cair do alto de minha grande expectativa de aprender contigo o que é a piedade e o seu contrário, para, assim, livrar-me da acusação de Méleto, com demonstrar-lhe que eu já havia instruído com Eutífrone na ciência das coisas divinas, e que não mais me atreveria, por ignorância, a especular sobre esses assuntos ou a introduzir neles inovações, e que doravante levaria uma vida melhor.
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