quarta-feira, 1 de abril de 2015

FERNÃO CAPELO GAIVOTA


A História de Fernão Capelo Gaivota
Autor: Richard Bach
Título original: A Story Jonatham Livingston Seagull
Editora: Editorial Nórdica Ltda - Rio de Janeiro, 1970
Tradução: Antônio Ramos Rosa e Madalena Rosález

Este livro, publicado em 1970 é um hino à liberdade e o vôo para além de limites provisórios. O autor, através de uma metáfora, trata do tema transcendência de um modo tocante e sublime, utilizando-se de uma gaivota cuja personalidade e os conflitos são universais.
O trecho a seguir, resume todo o sentido da obra. Faça uma analogia com seres humanos e compreenderá a profundidade da mensagem que a metáfora transmite.
“A maior parte das gaivotas não se preocupa em aprender mais do que os simples fatos do vôo - como ir da costa à comida e voltar. Para a maioria, o importante não é voar, mas comer. Para esta gaivota, contudo, o importante não era comer, mas voar.”
Esta obra é dedicada ao verdadeiro Fernão Capelo Gaivota que vive em todos nós, mas que precisa ser despertado.
Indico fortemente a leitura desta obra porque, além de bela, vejo uma gigantesca semelhança entre o povo brasileiro com gaivotas.
O brasileiro não está interessado em aprender a voar, mas simplesmente comer.

O vôo de Richard ‘Capelo Gaivota’ Bach

O escritor Richard Bach, no Brasil: aviador que não gosta de viajar
Fernão Capelo Gaivota, o romance que marcou diversas gerações de adolescentes, viajou 43 países do mundo e chegou a 40 milhões de cópias vendidas. Já o autor da célebre história da gaivota que busca seu vôo próprio, o aviador norte-americano Richard Bach, 63 anos, está em sua terceira viagem internacional. Ele veio ao Brasil em companhia de Bárbara, sua segunda mulher, para o lançamento do livro Mensagens Para Sempre, compilação das melhores frases de suas obras, um lançamento da Editora Vergara & Riba na América Latina.
Animado com a possibilidade de ver as constelações do hemisfério sul, Bach se confessa introvertido e avesso a grandes aventuras. Prefere explorar seu próprio mundo interior e deixar os grandes vôos para os personagens de seus livros – todos desdobramentos de seu maior sucesso editorial, lançado em 1970.
Fernão Capelo surgiu na vida de Richard Bach quando ele era ainda garoto. Costumava esconder-se do vento atrás de uma pedra, às margens do oceano, para observar as gaivotas. “Nunca havia entrado num avião, mas já adorava voar e sonhava ser uma gaivota”, lembra ele, com lágrimas nos olhos.
Anos depois, andava pelas ruas da Califórnia – “como muitos escritores novos, pensando como faria para pagar meu aluguel” - e ouviu uma voz. “Dizia: ‘Fernão Capelo Gaivota’”, conta ele. “Estava assustado e disse: ‘Se você acha que eu sei o que Fernão Capelo Gaivota significa, está enganado. Deve ter me confundido com outra pessoa’.” Silêncio do outro lado. Bach sentou-se para escrever. “Senti a parede desaparecer e em seu lugar vi a imagem da primeira página do livro”, conta. Descreveu em palavras as cenas que apareciam diante de seus olhos por cerca de uma hora, até que, como se tivessem desligado um projetor, a figura sumiu. “Alguma coisa me disse: ‘Se você acredita que é o autor desta história, termine-a’”.
Oito anos e muitas tentativas frustradas depois, o escritor acordou de um sonho que lhe indicava a continuação da história. Só então terminou o livro. Com tantas forças sobrenaturais fazendo com que a obra se concretizasse, dificuldades na publicação era tudo o que Bach não imaginava. “Fernão Capelo Gaivota foi meu livro mais rejeitado”, conta ele, que antes havia escrito três livros.
Perseverante, resistiu a 18 respostas negativas de editoras até conseguir publicar o livro que se tornaria um dos maiores fenômenos editoriais das últimas décadas. Pela primeira vez na vida, Richard ganhou muito dinheiro. Mas a ganância falou mais alto: comprou oito aviões, administrou mal os investimentos e perdeu tudo. “Toda a bênção pode revelar-se um desastre e todo o desastre, uma bênção”, filosofa. “O desastre me ensinou que o maior presente que alguém pode ter é amor.”
Como a escrita, a aviação sempre esteve presente na vida de Richard. Seus livros são, inclusive, reflexos de sua paixão pelo mundo aerodinâmico. “A abrangência das minhas histórias me surpreendeu. Pensei que só aviadores entenderiam minhas palavras”, diz. O amor pelos aviões nasceu com o escritor, mas só se concretizou aos 17 anos, quando ele se alistou na Força Aérea Americana. “Comecei limpando as máquinas, pelo simples prazer de tocá-las”, confessa Bach, que trocou a aviação pela literatura dois anos depois. “Já escrevi 11 livros e tenho um projeto de mais 50”, diz ele.

Música tema do filme: BE


Seja um Fernão Capelo Gaivota


Numa praia, havia uma porção de gaivotas em busca de seu alimento enquanto apenas uma, sozinha, tentava voar de maneira diferente das outras, de uma forma muito especial, mas não conseguia, caia. Só que nunca desistia! Tentava voar cada vez melhor!
Quando finalmente conseguiu, descobriu o quanto se amava e o real sentido de viver!
Descobriu que podia aprender a voar, ser livre!
Agora o importante não era receber elogios por sua vitória, queria apenas partilhar com seus amigos o que havia descoberto. Mas eles só lembravam de comer os restos deixados pelos pescadores, migalhas de pão e peixes velhos - pela metade.
Assim não deram importância ao amigo Fernão Capelo Gaivota, que por sua insistência em fazê-los o ouvir acabou por ser excluído do grupo, tendo que viver sozinho em um lugar muito distante.
Mas nem isso fazia Fernão ser triste. O que o entristecia era ver que seus amigos não queriam aprender a voar, aprender a ser feliz, aprender a pegar peixes frescos em cada mergulho magnífico que podiam dar.
Descobriu que o medo e o tédio são as razões porque a vida de uma gaivota é tão curta, e sem isso a perturbar-lhe viveu de fato uma vida longa e feliz.
Quando foi para uma terra longínqua conheceu Henrique que lhe ensinou muitas coisas! Porém seu mestre Henrique foi embora, coube então a Fernão Capelo Gaivota a missão de ensinar as novas gaivotas como voar.
Foi no momento em que estas gaivotas pequenas ficaram um pouco maiores, que ele percebeu que já haviam aprendido o necessário e que podiam continuar sozinhas. Então, mesmo ainda sem permissão resolveu voltar para a sua terra, tentando finalmente mostrar a felicidade de voar a seus antigos amigos.
Queria poder ensinar que o paraíso não é em um lugar nem em um tempo determinado, que o paraíso é perfeito, que está ao alcance de todos. É que basta querer que todos podem ir a qualquer lugar a qualquer momento.
Realizando os vôos que aprendera, voltou próximo a sua terra. Contudo o mais velho do grupo impediu que os demais falassem ou mesmo olhassem para Fernão. Todavia ao perceberam os seus movimentos e lembrando da antiga amizade, foram se aproximando desejando aprender a voar também.
- Pode me ensinar a voar como você? - Perguntou um deles.
- Claro. - Disse Fernão.
E começou a ensinar que o corpo é o nosso pensamento numa forma que podemos visualizar. Então para voar, basta querer! Ensinou tudo o que tinha aprendido com seu mestre amigo Henrique e mais o que aprendera sozinho ensinando as gaivotas mais novas.
- Deu certo! - Gritou uma gaivota ao conseguir voar livremente.
- Dá sempre certo quando sabemos o que estamos fazendo. - Respondeu Fernão. Assim foram passando os dias e ensinando a mais e mais gaivotas. Todas aprendiam! Umas mais devagar, outras mais rápidas, mas todas quando queriam aprendiam.
Quando novamente Fernão Capelo Gaivota percebeu que estava na hora de crescerem sozinhas, partiu para outra terra longínqua a fim de divulgar ainda mais seus movimentos. E assim foi ensinando a quem quisesse ser feliz. Seus discípulos mais tarde fizeram o mesmo, ensinando outras novas gaivotas ....()

Resumo elaborado por Rossana Estrella

Deptº Universitário para a reunião da Divisão de Estudantes da 3ª AG. BSGI