OS CAVALEIROS DE CRISTO: Templários, Teutônicos, Hospitalários e outras
ordens militares na Idade Média.
Título
original: Les Chevaliers du Christ: les ordres
religieux-militaires au Moyen Âge
Autor: Alain Demurger
Tradução: André Telles
Editora: Jorge Zahar Editor
Assunto: Ordens religiosas militares
Edição: 1ª
Ano: 2002
Páginas: 347
Sinopse: Os Cavaleiros de Cristo é uma das mais completas
sínteses sobre as ordens militares da Idade Média.
Além de acompanhar templários e hospitalários desde a
primeira cruzada em Jerusalém, analisa a atuação da ordem de Santiago na
Península Ibérica e a dos teutônicos no Báltico, sem deixar de lado ordens
menores, como Calatrava e Avis.
O autor destaca como causa da crise e decadência das
ordens militares a consolidação das monarquias e o correspondente
enfraquecimento do poder do papa – detendo-se particularmente no processo dos
templários.
Duas perguntas agitavam a Idade Média por volta do
século XI. Como cristianizar a guerra? Como ter um corpo de soldados dispostos
a assumir com fidelidade e de maneira permanente a defesa dos cristãos e sua
missão de luta contra o “Infiel”?
Como resposta, a cristandade medieval criou, não sem
alguma resistência, instituições originais: as ordens militares. Vivendo como
monges, sem no entanto serem monges de fato, e agindo ao mesmo tempo como
cavaleiros leigos e “cavaleiros de Cristo”, protegiam-se, e atacavam, com duas
armaduras: a de ferro e a da fé.
Este livro – uma das mais completas sínteses da
ascensão e declínio das ordens militares – acompanha desde a criação das ordens
na Terra Santa até seu ocaso na ilha de Rodes.
A primeira parte discute a sacralização da cavalaria
através das cruzadas e acompanha o nascimento das ordens dos templários e dos
hospitalários. Estuda depois a Reconquista espanhola, a criação da ordem de
Santiago e o surgimento da ordem dos teutônicos no Báltico.
A segunda parte explora o funcionamento interno das
ordens militares: as regras e estatutos, o recrutamento e o cotidiano, a
organização, a guerra, a atividade beneficente, o patrimônio e os símbolos de
pertencimento – como hábitos, cruzes e insígnias.
A crise e a decadência das ordens militares são o tema
da terceira parte. Com a consolidação das monarquias e o arrefecimento do poder
papal, as ordens militares foram pouco a pouco perdendo sua vitalidade,
vendo-se abrigadas a se dedicar apenas a tarefas missionárias e beneficentes.
O processo dos templários fez com que a interferência
do papa nas ordens fosse cada vez maior – o que culminou com a extinção da ordem
do Templo e a retirada dos hospitalários para a ilha de Rodes. Enquanto isso, a
crise econômica em toda a Europa obrigava a uma reestruturação completa das
ordens, que pouco a pouco a pouco foram perdendo seu caráter religioso.
Na conclusão, o autor discute possíveis influências do
jihad – a guerra santa islâmica – na formação e ideologia das ordens religiosas
de cunho militar.
São de valiosa utilidade neste compêndio os anexos que
o acompanham:
- Uma extensa cronologia;
- Sete mapas, mostrando a expansão das ordens militares
desde Jerusalém no tempo das cruzadas;
- Seis índices remissivos: de lugares, pessoas,
assuntos, autores citados, bulas pontifícias e lista das ordens.