domingo, 1 de março de 2015

OS CAVALEIROS DE CRISTO

OS CAVALEIROS DE CRISTO: Templários, Teutônicos, Hospitalários e outras ordens militares na Idade Média.
Título original: Les Chevaliers du Christ: les ordres religieux-militaires au Moyen Âge
Autor: Alain Demurger
Tradução: André Telles
Editora: Jorge Zahar Editor
Assunto: Ordens religiosas militares
Edição: 1ª
Ano: 2002
Páginas: 347


Sinopse: Os Cavaleiros de Cristo é uma das mais completas sínteses sobre as ordens militares da Idade Média.
Além de acompanhar templários e hospitalários desde a primeira cruzada em Jerusalém, analisa a atuação da ordem de Santiago na Península Ibérica e a dos teutônicos no Báltico, sem deixar de lado ordens menores, como Calatrava e Avis.
O autor destaca como causa da crise e decadência das ordens militares a consolidação das monarquias e o correspondente enfraquecimento do poder do papa – detendo-se particularmente no processo dos templários.
Duas perguntas agitavam a Idade Média por volta do século XI. Como cristianizar a guerra? Como ter um corpo de soldados dispostos a assumir com fidelidade e de maneira permanente a defesa dos cristãos e sua missão de luta contra o “Infiel”?
Como resposta, a cristandade medieval criou, não sem alguma resistência, instituições originais: as ordens militares. Vivendo como monges, sem no entanto serem monges de fato, e agindo ao mesmo tempo como cavaleiros leigos e “cavaleiros de Cristo”, protegiam-se, e atacavam, com duas armaduras: a de ferro e a da fé.
Este livro – uma das mais completas sínteses da ascensão e declínio das ordens militares – acompanha desde a criação das ordens na Terra Santa até seu ocaso na ilha de Rodes.
A primeira parte discute a sacralização da cavalaria através das cruzadas e acompanha o nascimento das ordens dos templários e dos hospitalários. Estuda depois a Reconquista espanhola, a criação da ordem de Santiago e o surgimento da ordem dos teutônicos no Báltico.
A segunda parte explora o funcionamento interno das ordens militares: as regras e estatutos, o recrutamento e o cotidiano, a organização, a guerra, a atividade beneficente, o patrimônio e os símbolos de pertencimento – como hábitos, cruzes e insígnias.
A crise e a decadência das ordens militares são o tema da terceira parte. Com a consolidação das monarquias e o arrefecimento do poder papal, as ordens militares foram pouco a pouco perdendo sua vitalidade, vendo-se abrigadas a se dedicar apenas a tarefas missionárias e beneficentes.
O processo dos templários fez com que a interferência do papa nas ordens fosse cada vez maior – o que culminou com a extinção da ordem do Templo e a retirada dos hospitalários para a ilha de Rodes. Enquanto isso, a crise econômica em toda a Europa obrigava a uma reestruturação completa das ordens, que pouco a pouco a pouco foram perdendo seu caráter religioso.
Na conclusão, o autor discute possíveis influências do jihad – a guerra santa islâmica – na formação e ideologia das ordens religiosas de cunho militar.
São de valiosa utilidade neste compêndio os anexos que o acompanham:
Uma extensa cronologia;
Sete mapas, mostrando a expansão das ordens militares desde Jerusalém no tempo das cruzadas;
Seis índices remissivos: de lugares, pessoas, assuntos, autores citados, bulas pontifícias e lista das ordens.

Sobre o autorAlain Demurger, medievalista e historiador das cruzadas e das ordens militares, leciona na Universidade de Paris-I.